Diz a letra: "Ontem de manhã, quando acordei...".
Bem, no meu caso foi ontem à noite, ao assistir a um especial com nossa imortal Elis.
Uma longa entrevista onde uma coisa em especial me chamou a atenção.
Perguntada sobre porque não estava fazendo televisão - notem bem, já em 1973-ela relatou um lamentável episódio.
Ao chegar ao estúdio o o imbecil "responsável de plantão" pelo programa, desconhecendo-a perguntou se ela ia "só cantar".
Elis irritada nem respondeu e foi embora.
Com toda a razão.
Bem, não é segredo que detesto a tv brasileira (aliás, a norte-a americana da qual a nossa é cópia total também) pela sua imbecilidade notória.
Mas isso me fez pensar e gerou este pequeno artigo, esta reflexão que agora faço.
"Só cantar" ?
Esperava o idiota que ela fizesse junto com o canto o que mais?
Sapatear. dançar?
Rebolar, tirar a roupa?
Talvez tenha começado aí, nessa época, a morte do bom-gosto e o nascimento
da vulgaridade em que se transformou a progranção musical das emissoras de televisão.
E do sucesso das "cantoras-meretrizes", como as denomino graças a seus comportamentos e visuais.
Na época anterior a tais sandices, discutia-se se a música dançante poderia ter qualidade, em contraposição àquela instrumental ou mesmo "apenas" vocal com acompanhamento.
Parece que o desvairio venceu...
As "pop-stars" (até a designação é feita no isioma do explorador, dominador) de
hoje não necessitam saber cantar.
Isso é o que menos importa.
O importante é o visual.
De preferẽncia vulgar, deixando os "atributos pessoais" à mostra para o ignaro e imbecilizado público, que após assistir ao BBB do dia vai aos shows "musicais"
à procura de tudo menos música.
Bem, mas não existem só as cantoras de hoje.
Há as bandas, sempre de um gênero só: aquele da "atitude"...
Mais visual, mais gestos histriônicos, guitarristas e baixistas rebolando e fazendo caras-e-bocas de um ridículo atroz.Dando "passos coreográficos" durante a apresentação.
Ha...
Há exceções, claro!
Que confirmam a regra.
Cultura "de massa"...
Isso aí.
Têm todo o direito de praticá-la, o mesmo que tenho de abominá=la.
Feliz-ou infeliz-mente nasci músico.
Desde cedo, de ouvido e depois, mais tarde estudando muito.
Por algo que TODOS DIRÃO QUE É PRECONCEITO, não aceito desafinação;
Não aceito que o visual substitua totalmente o talento.
Pegue o primeiro passante, aleatoriamente, que encontra na rua.
Havendo dinheiro suficiente em dias ou meses teremos um ovo ou nova "pop-star".
Não aceito músico que não conheça seu instrumento o mínimo necessário para executá-lo decentemente.
Repare que não estou obrigando ninguém a ser teórico ou virtuoso!
Os "músicos práticos" nordestinos, por exemplo, são talentosíssimos e muitos nada sabem de teoria.Muitos são mesmo virtuosos.O que eu não sou nem nuinca fui.
Não é disso que falo.
Mas sei que logo virão em defesa dos bicões, dizendo que o importante á a "interpretação", a "atitude" (qual?), a "sensibilidade".
Ora, quuando tudo é música NADA é música.
E muito menos "Música" ,
Meus dois cêntimos de prosa.
De minha parte...ESTOU FORA!!!!!
Não aceito o que me empurram pela goela!
Não aceito concordar com tudo só porque é atual.
Repito que aqui exponho o meu ponto de vista.
Todos têm o direito de fazer ou gostar do que cismarem.